A casa não era grande, mas continha 2 andares.
Meu quarto era no andar de cima, então Billy me alertou pra ter cuidado com as escadas.
- Querida, eu coloquei cortinas na janela e tem toalhas e lençóis no guarda-roupa.
- Tá.
- Tudo bem – ele saiu do quarto e me deixou refletir a tosca idéia de vim morar aqui.
O quarto – como a casa – não era muito espaçoso, mas é bem confortável. Tinha uma escrivaninha com cadernos e livros. Uma cama de casal...enfim, tudo o que um quarto pode suportar.
Olhei pela janela e a neve começava a se formar. Estamos a uma semana do natal, e não quero nem saber como isso vai ficar.
Guardei minhas roupas e tomei um banho – pra minha sorte a água estava em uma temperatura agradável.
Coloquei uma roupa quente e desci até a cozinha.
- Essa casa não mudou nada – reparei a decoração.
- Nem você.
- Pai, eu cresci.
- Pra mim você sempre vai ser um bebê.
Rimos.
- O que tá fazendo ?
- Omelete.
- No almoço?
Ele fez cara de “e daí ?”
Abri os armários procurando comida de verdade.
- Você sabe que é um super mercado ?
- É, eu sei, mas não estou acostumado com uma filha “exigente” em casa.
- Pai, você se alimenta assim ? como tá a sua pressão ?
Achei um pacote de macarrão no fundo de um armário.
- Enquanto eu estiver aqui, me deixa cozinhar, ok ?
- Ok – ele largou a panela e abaixou o fogo.
- Ótimo.
Depois do almoço fiquei jogando vídeo game com o meu pai. Venci ele em todos, é claro.
- Filha, mais tarde vamos à casa do Bruce.
- Isso é necessário ?
- Claro, não posso te manter em casa dessa maneira, aliás, você precisa fazer amigos.
- Amigos – sussurrei.
A tarde passou calma. Billy ficou roncando no sofá, enquanto eu escrevia em email pra minha mãe.
Mãe,
Espero que esteja sobrevivendo aí,
Aqui faz muito frio, não sei o quanto vou agüentar. Escolhi a pior estação pra vim. Mas não me arrependo, acho que está fazendo bem pro Billy.
Não se preocupe, vou ficar bem.
Te Amo,
Emmy.
Fechei o notebook e decidi ir a um supermercado, antes que meu pai me faça engordar 50 kg.
Escrevi um bilhete avisando onde estava.
Voltei pra casa e ele já havia acordado.
- Fiquei preocupado.
- Não precisa mias, agora tem “comida de verdade”.
Ele riu.
- O que ?
- Você tá parecendo minha mãe.
Rimos.
Ás 18 horas, vesti uma calça jeans, uma blusa lilás simples, botas e uma blusa de frio por cima.
Peguei mais uma blusa, não sei quanto frio vou sentir.
Desci e Billy já estava pronto.
- Vamos ?
Concordei.
Entramos em seu carro e partimos.
Ficamos o caminho inteiro, em silêncio. Chegamos lá e fomos recebidos por Pattie, filha do Bruce. Conheci também Diane.
Eles são muito simpáticos e ainda bem que Billy estava em boas mãos.
Meu pai e Bruce ficaram conversando sobre pescaria. Enquanto Diane estava na cozinha, Pattie me fez compania.
- Então querida, como é Detroit ?
- Ah, é incrível, mas já to acostumada com tudo isso.
- Hm, Justin se formou lá, e voltou pro natal, mas dessa vez ele vai ficar.
- Justin é seu filho ?
- Sim, ele me contou que te conheceu no avião.
Sorri meio tímida pra ela. O sorriso de Pattie é contagiante. Mas fiquei meio constrangida por isso.
- O jantar tá pronto – Diane nos chamou.
- Vou chamar Justin – Pattie se levantou.
Fomos pra sala de jantar.
Depois que Diane colocou os pratos na mesa, ouvi passos e risadas se aproximando.
- Oi pessoal – Justin disse se sentando.
- Oi – uma garota que estava com ele, se entrou ao seu lado. A pergunta é “quem é ela ?”
2 comentários:
Nossa,tomara que nao seja namorada ! Continuaaaaa ! Beijos ;*
Tomara que não seja namorada ! +1
Continua baby :))
Postar um comentário