quinta-feira, 29 de março de 2012

O Diário de Elizabeth - Capítulo 7

  "Ele esperou alguma reação minha, mas eu não disse nada. Fiquei apavorada.
   Dias se passaram e a cidade voltou ao normal. Eu e Josué não falávamos sobre o assunto e mesmo assim nos dávamos bem. Me apeguei muito a ele e ele parou de andar com as más influências. No dia de Ação de Graças, todos da escola estavam na festa da cidade. Reparei que um grupinho ou melhor os antigos amigos de Josué e eles não paravam de nos encarar. Brian era o único que ficava na dele - deve ser por culpa, lembranças ou até mesmo arrependimento, mas o que eu nunca vou entender, é o porque do mistério e o porque dele estar até hoje com esses garotos. Percebi que Josué seguiu meu olhar. Ele disse pra irmos embora e eu disse que estava cedo. Josué foi buscar bebidas e eu fiquei ali parada e insegura. Um dos garotos veio em minha direção - cabelos loiros e pele inacreditavelmente pálida e os olhos claros, me encarando com um sorriso malicioso. O garoto parou na minha frente e disse "olá". Não respondi. "Não seja mal educada, mocinha" ele disse como se estivesse falando com uma criança. Eu estava evitando de olhar diretamente pra ele. "Vai se arrepender em ser tão petulante", assim que ele saiu, Josué chegou me entregando um copo de suco. Olhei novamente pro grupinho que ria, o garoto loiro olhou pra mim; naquela hora senti um calafrio enorme passar pelo meu corpo. Josué perguntou se eu estava bem, eu disse que estava, mas que queria ir embora.
 Ele segurou minha mão e fomos em direção ao seu carro. Eu queria perguntar á ele o que o garoto quis dizer com "vai se arrepender". O que ele poderia fazer ? Qual é o problema dele ?"
 Antes de entrarmos no carro, alguém assoviou, olhamos pra trás e um dos garotos do bando, estava chamando Josué. O loiro já não estava mais lá, na verdade, tinha apenas 3 deles ali. Estranho...! Fiquei no meu canto, enquanto ele ia falar com eles. Não dava pra escutar muito bem o que falavam. Vi algo se mexer na pequena parte da floresta. Devia ser um animal, não me importei. Mas ouvi um "psiu" vindo dali. Eu deveria ir lá ? Não, é melhor não. "Psiu" ouvi outra vez. Olhei pra onde Josué estava e parecia haver uma discussão, algo que Josué não concordava. Comecei a ficar assustada com o barulho que vinha de trás das árvores, mas resolvi ver o que era. Dei um passo a frente quando Josué me chamou. Sem me virar, olhei descaradamente pro rosto que começara a sair de trás dos arbustos. Reconheci a pele impecavelmente branca, mas logo não vi mais nada. Josué tocou meu ombro, me virei o abracei.
 Quando estávamos chegando em casa, ele disse que queria conversar sobre algo importante. "Diga", eu disse confiante. Depois de um longo suspiro ele começou... "Tudo começou com meu avó que tinha uma rixa com um outro cara e como eu...ele tinha amigos e eles combinaram de fazer a família desse cara, desaparecer, essa briga existe até hoje, porque...um deles não morreu". Ele olhou pra frente encarando a rua vazia. "Essa pessoa mandou matar o meu avó e antes disso acontecer, ele me fez prometer que acharia essa pessoa e junto com os outros caras, eu o mataria". "Como assim ? por que razão ?" perguntei assustada."Eu era uma criança, Elizabeth, não tinha noção do que estava fazendo." ."Mas até agora eu não entendi...o que eu tenho haver com isso?". Na hora que ele virou o olhar pra mim, senti aquele mesmo arrepio que o garoto loiro me passou. "Quando ele morreu, senti um ódio enorme tomar conta de mim e como o prometido, fui tentar achar algo que me levasse ao sobrevivente." "Achou ?" "Sim." "E?" "O nome dele é... Martin...Brand". "MEU PAI ?" disse indignada.
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Sim, to demorando a postar, sim, isso tá ficando uma merda, sim, o post tá pequeno, sim, ficou tudo confuso, mas mesmo assim decidi postar. perceberam que só há narração da Elizabeth, certo ? certo. vocês vão ver poucas narrações da Milena, porque algo que vai acontecer com a Elizabeth que vai desenrolar a história!! e eu já dei uma pista ENORME ai, o que acham ?

sexta-feira, 9 de março de 2012

O Diário de Elizabeth - Capítulo 6

 Justin estava sentado no jardim olhando pro nada. Ele parecia pensativo. Não queria o incomodar, mas ele percebeu minha presença e sorriu de canto. Concordo que ele não é uma das melhores pessoas pra se conversar. Na verdade ele seria a última pessoa com quem eu quero conversar.
 Antes que eu entrasse novamente em casa, ele segurou meu braço.
- Não vou te machucar – ele parecia ser sincero.
 Decidi me sentar com ele no jardim. Fiquei no máximo de distância possível. Ele não palpitou sobre isso.
 O sol já estava se pondo e o silêncio me matava.  Só ouvi o barulho de um carro entrando em casa.  Eram os amigos de Charlie.  Chaz acenou pra mim e retribui. Justin o olhou pelo canto do olho e virou a cara com a mesma expressão séria.
- Porque queria que eu ficasse aqui ?
- Queria te ter por perto.
 Ok. Por essa eu não esperava.
- Por ...?  - tentei saber mais.
- Sei lá, não gosto muito de você, mas gosto que fique perto de mim – ele me olhou nos olhos, mas desviei o olhar.
- Que tipo de pessoa faz isso ?
- Eu – riu irônico.
 Tentei não aprofundar mais o assunto.
 No dia seguinte, Justin estava estranho de novo.
- Oi - ele disse quando me viu atravessando o jardim.
 Acenei e continuei caminhando em rumo as arvores.
 Estava de manhã, mas as arvores deixam o lugar escuro. Havia um espaço entre elas que entrava a luz do sol, o que me impediu de olhar pra lá.
 Uma vez vi Charlie falando deste lugar. Era um dia de acampamento no verão na escola. Ficamos todos reunidos envolta da lareira, contando histórias assombrosas.
 Sentei em uma sombra e abri o diário sobre minhas pernas cruzadas.

 "Dias se passaram depois do assassinato que aconteceu na cidade. Josué sorria pra mim, mas eu sabia que ele escondia algo. Algo que eu queria saber. O perguntei qual era o problema e pela terceira vez achei que ele me negaria, ao contrário. Ele me levou pra trás da escola, olhando pra todos os lados. Eu sabia que agora sim ele iria me falar tudo...tudo o que o incomodava. Josué começou a falar dessa tal garota que foi assassinada, e no meio do assunto surgiu o nome de um amigo dele, Brian. Aos poucos percebi o que realmente ele queria falar. Esse Brian era namorado da "Mel". Ela é uma das garotas mais nerds da escola e Brian gostava muito dela, mas ao mesmo tempo exigia muito. Ela se cansou e quis terminar o namoro. Mas era tarde demais. A obsessão de Brian por ela passava dos limites. Antes do assassinato, Brian levou Josué até a casa de seus pais. Mel estava lá. Josué jura que não tem ideia do que aconteceu e diz que ele tem culpa no assassinato dela. "